quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Será que há volta a dar?


Mudam-se os tempos, mantêm-se os vícios. A classe política passa por uma profunda crise de identidade. As pessoas não acreditam nos políticos. A política caiu no descrédito. O futuro desta classe não se avizinha fácil.


Perguntamo-nos até quando este descrédito? Quando é que irá aparecer alguém capaz de mudar o rumo? Olhamos para as juventudes partidárias, as que deveriam ter a capacidade para mudar, trazer irreverência ao debate político mas parece que vamos ter muito que esperar. Tudo se encontra na mesma. Os jovens entram para as juventudes partidárias e adquirem os vícios dos seniores.


Coimbra sempre foi uma escola política. Sempre criou políticos de referência nacional, como Mota Pinto, Fausto Correia, António Arnaut, Manuel Alegre, entre outros. Hoje Coimbra não foge à regra da tendência nacional. Pergunto-me onde estão as vozes que outrora elevaram Coimbra ao mais alto patamar da política nacional? Quando irão aparecer novas vozes que tenham a capacidade de voltar a elevar Coimbra?


As estruturas partidárias da região estão pouco representadas nos órgãos nacionais dos respectivos partidos, mostrando assim a total ausência destas vozes e os que estão, não se fazem ouvir (pelo menos no que se vê). É incrível como na direcção nacional do PS ou da JS não existe ninguém do concelho de Coimbra. E porquê?


Neste “submundo” partidário não se olha a meios para se atingir os fins. Usa-se tudo e todos para se vangloriar. Vemos a recente eleição de André Oliveira para a Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra. A JS/Coimbra “uniu-se” em torno deste militante. A concelhia e a federação tentam tirar partido dessa situação. Usam isso como bandeira e ninguém mais os poderá acusar de nada fazer. Mais um foi posto no seu “poleiro”. Com ou sem capacidade para isso, não me compete a mim julgar André Oliveira. Até pode ter os seus créditos, e espero que assim o seja para o bem da AAC. Mas o que mais me deixa estupefacto é a atenção dada pela JS a isto. A concelhia parece que foi eleita para isto, usando a estrutura e os seus meios para tal, e a distrital aproveita a “onda” e também quer colher proveitos disso.


Sim colher proveitos, porque a única coisa que se pode “orgulhar” a federação distrital da JS/Coimbra é a de ter eleito um deputado (mais um que conseguiu o seu “poleiro”). Não me parece motivo de orgulho para os jovens do distrito. Não se vê o deputado João Portugal a fazer nada de proveitoso pelos os jovens. Vemos este deputado como deputado da Figueira da Foz. Aparece nos jornais da região várias vezes por semana a visitar instalações nesta cidade e pouco mais. E os jovens do resto do distrito? Quem defende os seus direitos?


Ainda na concelhia jotinha, existe uma falsa unanimidade a dirigir os seus órgãos. João Tralhão, anterior presidente da concelhia, não teve a capacidade de manter um grupo unido, existente já há muitos anos, tentando manter os "seus" nos seus "poleiros", espezinhando para tal aqueles que antes o apoiaram. Tralhão e os "seus", são pessoas que não tiveram a coragem de ser fiéis às suas ideias. Pessoas que quiseram “olhar para o seu umbigo” e defender o seu “poleiro”, juntando-se a outras com ideias completamente opostas e com as quais sempre rivalizaram.


Outro exemplo que leva ao descrédito é a nomeação, em 2005, para adjunto do Governo Civil do militante socialista Paulo Valério. Onde está trabalho feito para alcançar este posto? Não se viu ainda capacidade neste jovem. Apareceu com o Projecto Contigo, fez uma ou outra actividade, foi a eleições, perdeu e atirou para a concelhia outra pessoa, para não se sujeitar a uma terceira derrota. No PS? Seguiu o caminho de Luís Vilar. Na JS nacional? Serviu-se dela para tentar candidatar-se à federação distrital da JS. Ganhou João Portugal com mais uma manobra aprendida com os seniores do PS.


Com “putativos” políticos como estes pergunto se há volta a dar na política quando os jovens já têm os mesmos vícios que os seniores? Será que alguma vez a classe política vai ganhar algum crédito?

9 comentários:

Anónimo disse...

Esse Tralhão é uma marioneta refém dos interesses do luis coelho e pior! é tudo o q há de mau na política! mas tao cedo n volta a aparecer.. é o q custa pisar o ramo verde e fazer a escolha política errada!

Anónimo disse...

Caro(s) Illuminati:

O Paulo Valério é uma pessoa que merece todo o respeito pelo valor que tem não só enquanto pessoa, mas também enquanto político.
Está a fazer um belíssimo trabalho no governo civil e mesmo assim conseguiu acabar o curso ao mesmo tempo!

TOMARA COIMBRA TER MAIS PAULOS VALÉRIOS NAS LINHAS DA FRENTE!

Anónimo disse...

E o tralhao e companhia juntaram se ao rui duarte porque ele quis! ele é também cumplice disso!
devia tar com medo do milagreiro..

Anónimo disse...

DR paulo valério SFF!!

Anónimo disse...

claro que não

Anónimo disse...

illuminati... uhhhhhhhhh gandas malucos... tipo secretos... eles sabem cenas... tipo... estúpidas! Criticam quem n conhecem e falam sobre o q n sabem... Mais do mm! talvez queiram dar a cara e fazerem-se homenzinhos... e tlvz quem sabe candidatarem-se ás estruturas de que falam! Visto q têm um projecto fora de série para a Oliveira Matos 21 será fácil encontrar o messias q há em vós... uma última coisita... é bom que culpem os dan browns e josés rodrigues dos santos q há por aí pela maré de pequenos iluminados q vêm aí... e ainda s preocupam com os jovens turcos!

Anónimo disse...

cromo

Anónimo disse...

"e tlvz quem sabe candidatarem-se ás estruturas de que falam!"

nem sabes tu da missa a metade..

Anónimo disse...

Pois eu considero que foi uma boa estratégia a da JS/Coimbra na candidatura à AAC!

Rui Duarte conseguiu colocar três membros do seu secretariado a efectivos da DG/AAC. André Oliveira a Presidente, Miguel Franco (Poupas) a Tesoureiro e Carlos Martins (Cazé) a coordenador geral das Saídas profissionais!

Para além destes colocou outros membros da comissão politica e próximos na lista!!!

Parabéns Rui.